Dia 12: Girona a Barcelona

Último dia de pedal. Sensação de euforia para chegar logo e, ao mesmo tempo, desejo de fazer tudo de novo. Nossos últimos 110 km. É uma mistura de emoções que deixou o grupo meio caladão por algum tempo.
Mas, à medida em que as placas iam diminuindo os quilômetros, todos nós dividíamos a mesma emoção: a da alegria.
Avistamos Barcelona. Agora, cada pedalada é dedicada à torcida que ficou no Brasil, aos amigos, namoradas, noivas, esposa, futuras esposas, pais, irmãos... família.
Por sugestão do Cristiano, o ponto escolhido para nossa chegada foi a Igreja da Sagrada Família. E lá chegamos pedalando.
A cidade é cartão postal da Europa. A genialidade da arquitetura de Gaudi predomina.
Tanta gente pelas ruas, visitantes que vieram de avião, trem, carro... mas de bicicleta, só aqueles quatro que abriram a bandeira do Brasil. Orgulho pela missão cumprida.
Ali estávamos depois de 5 pneus furados, reparos em rodas e guidons, litros e litros de água, calibragens, noites de descanso em hotéis bons e ruins, vários idiomas, asfalto, terra, pedra, mato, praia.
Chegamos em nome do ideal do desafio, da aventura saudável do esporte.
Dá vontade de fazer tudo de novo. Agora.

Marco da chegada em Barcelona!

Chegamos! Ao fundo a Igreja Sagrada Família. Escolhemos em homenagem às nossas famílias!

Aqui da para ver Barcelona aos fundos.

Faltam 15 km!!!

Igreja em Girona, onde passamos a noite de ontem.

Vejam o que deixamos para trás!

Descansando na subida dos Pirineus! Fôlego!

Subindo os Pirineus! Muito entusiasmo!

Dia 11: Le Boulou (França) a Girona (Espanha)

piRINEus....sem comentários... Somente dados: 1200 metros de subida total!!! 3000 calorias pelo Garmin (na verdade devem ter sido umas 8000 pela fome...) 90 km rodados com vento contra até a simpática cidade de Girona na Espanha.
Após 4 horas subindo os Pirineus estávamos todos cabisbaixos, sentados num butiquim espanhol comendo um aperitivo local chamado "caracoles", e percebemos que havíamos andado somente 20 km... Leitores, essa turma hoje superou todas as expectativas, inclusive suas próprias!!! Andamos 70 km após as 15:00h da tarde, numa rodovia movimentada, até as 20 horas, quando chegamos no destino proposto. Após a chegada, a recompensa: hotel maravilhoso, jantar fantástico (Paella) e o básico sorvete do final.
Amanhã será o último dia da viagem, e se Deus quiser terminaremos em Barcelona. Faltam 100 km...

Dia 10 - Narbonne a Le Boulou

Hoje devemos agradecer à força da natureza, do vento que nos empurrou por boa parte dos mais de 100 km de desafio do dia. No início, vento na cara, balançando a bike. Difícil foi trocar o pneu (câmara) do Cris nessa ventania. Vento contra é pesado. Não rende. Mas é bacana ver os turistas curtindo windsurf em boa parte do trajeto, às margens de um lago muito disputado. Já avançamos 870 km. Estamos quase lá. Já começamos a encontrar pessoas que falam espanhol. Bom sinal... Ou não? Isso é indício de que estamos próximos dos Pirineus. Hoje já pedalamos vendo ao longe a cadeia de montanhas na fronteira França-Espanha. Agora devemos redobrar a força nas pernas. Amanhã é dia de morro, muito morro, mas pode chamar de inclinação e tal. Estamos aqui, discutindo planos altimétricos, estratégias para ignorar o monte. Não adianta disfarçar. O negócio é descansar, acordar, respirar e... pedalar. Barcelona, estamos chegando!

Registro da bela Narbonne

A turma é erforçada, isso é!!!

Dia 9: Dia complicado, mas todos sorridentes.

Dia 9: Sete a Narbonne

Chuva e muito, mas muito, barro!!! Os primeiros 20 km de hoje foram meio traumáticos... Diferentemente do casal simpaticíssimo que conhecemos no dia anterior (Michelangelo e Nina), o francês de hoje pareceu bem confiável no início, mas descobrimos, no final da trilha (quase imperceptivel no meio da mata), que ele nos deu uma bela sacaneada! Após conhecermos um pouco da mata francesa bem de perto, o pedal se tornou um pouco mais agradável, exceto pelo fato de ser domingo e não haver nenhum estabelecimento comercial aberto em 50 km...água só a retirada das uvas que pegamos emprestadas. No final do trajeto o sol apareceu e as coisas melhoraram muito: um enorme encontro de motociclistas de Harley Davidson, a beleza da cidade de Narbonne, a qualidade do hotel La Residence, com destaque para o banheiro privado, e por ultimo, o jantar num restaurante em um castelo na milenar Via Domitia, regado a vinho da região e pratos típicos como magret de canard (peito de pato). Amanhã chegaremos aos pés dos Pirineus!!!

Pena que o Gustavo teve que tirar a foto!

Frustração: Não passamos por Montpellier

Arles - 02 de setembro

Subindo a serra - já na França

Riviera Italiana

Primeiro Dia: todos felizes e sorridentes

Dia 8 Arles a Sète

Meta traçada é meta cumprida! Rodamos hoje 110 Km, cumprindo o que tínhamos estipulado para o dia. Iniciamos com um
ritmo muito bom, só a ameaça de chuva nos assustava, pois até hoje pedalamos sob um sol sempre presente. Saímos de Arles,
cidade milenar, no interior da França, para achar novamente o Mediterrâneo.
De paisagens bucólicas com uvas deliciosas, a um caminho de meio metro de
largura sobre um lago onde, por um quilômetro, tivemos de empurrar as bikes, teve de
tudo! Luizao reprimido para não comer bolachas, Clinio caindo no mataburro de
bikes, banho em banheiro comum... Destaque para Aigues-Mortes, uma cidade
medieval toda murada, linda! E pra finalizar o dia, uma festa alemã na praça de
Sete, onde comemos chucrute e tomamos alguns chopes... Até amanhã, turma!!!

Dia 7 - Aix-en-Provence a Arles

Insuperável. O charme de Aix-en-Provence (com uma bicicletaria bacana que resolveu o problema da bike do... Luiz - de novo, pô?), as imagens belíssimas da região de Provence, a nossa parada para saborear uvas maravilhosas, afinal, durante nosso percurso avistamos parreiras dos dois lados. 80 km, 300 m de subida, em temperatura média de 30 graus. Salon de Provence é uma das cidades imperdíveis, bem como Saint Martin de Crau, vilarejo charmosíssimo. Antes de chegar a Arles, uma alameda com árvores cetenárias por uns 15 km. Que visual...
Arles é uma de nossas melhores opções de pouso. Elegância milenar.
Mas nada, nada disso supera a inusitada bronca, o puxão de orelha, a advertência que o Cristiano recebeu dos guardas franceses ao avançar o sinal vermelho. Ninguém filmou. Ninguém fotografou... Só vimos o Cris descendo da bike, levantando-a para a calçada, torcendo para aparecer um verdinho no semáforo e "dar no pé" dali. Mas sejamos justos: quem merecia a bronca era o Clínio, que já havia se distanciado. Calma, Cris, tá perdoado! rs
O jantar está suculento. Vamos abastecer o tanque porque amanhã são outros quilômetros de história.

Dia 6 - Toulon a Aix en Provence

Hoje o trem foi pesado, vamos escrever pouco.
Saímos mais cedo para chegar em tempo de jantar. Pedalamos mais de 80 km
passando por duas  montanhas que nos proporcionaram belíssimas vistas, além
de passarmos por diversas vinícolas,  parreiras e oliveiras (e pedreiras)
que nos levaram a subir mais de 1000 m, com consumo de mais de 2.500
calorias. Mesmo assim fizemos media de 16 km/h, o que consideramos positivo.
Tudo valeu a pena, pelo desafio vencido e pela bela Aix en Provence onde
chegamos ainda de dia.
Tudo foi muito bem se não consideramos o café da manha, onde o Clinio tentou
fazer um suco com a laranja inteira, com casca, (escrito sob protesto do
autor que teve seu voto vencido) e a degustação de uma azeitona verde (colhida direto do pé) pelo
Cristiano, que, para aqueles que nao sabem, é muito amarga nessas condições.
Somente para registrar, não pudemos deixar de experimentar as uvas, colhidas ao longo do trajeto, que nos levou
a entender porque os vinhos franceses são tão bons.
Amanhã tem mais.