quarta-feira, 23 de setembro de 2015

10° dia - Millingen a Amsterdã

O hotel de Millingen foi um presente para a equipe, que estava muito desgastada após 96 km, a maior parte sob chuva forte. Lá, a equipe aproveitou a lavanderia para suavizar a falta de roupa limpa e seca, castigada pela chuvarada do caminho. Todos descansaram bastante e, ao amanhecer, seguiram rumo à balsa que nos levaria ao encontro destas maravilhosas ciclovias holandesas. 
Agora, só falta chegar a Amsterdã, nosso objetivo traçado e planejado há meses com muita expectativa.
O último dia do pedal 2015 ganhou de presente um sol radiante que há um certo tempo não víamos e que nos acompanharia até a capital holandesa. As ciclovias cruzam fazendas leiteiras de variadas raças de vacas, a principal delas, a holandesa.
Os quilômetros eram vencidos pela expectativa de chegar à cidade escolhida pelo PPM para 2015. Em determinado ponto, avistamos um moinho holandês, junto a um café onde fizemos uma parada para um delicioso "espresso" com torta de maçã. Agora, tudo já é mais saboroso e nem é preciso escolher muito a comida, tamanha a ansiedade da turma. O importante é chegar logo e anunciar mais uma edição do PPM cumprida. 
Já nos aproximamos de Amsterdã. É possível percebê-la pelo aumento do número de ciclistas e pequenas motos na via. A atenção deve ser redobrada para não andar em contramão ou em fila dupla na ciclovia. E esta cidade quase indescritível, finalmente, nos abraça. Ela tem uma atmosfera de metrópole que mistura, cuidadosamente, o antigo com o novo, o frenético com o bucólico. Aí está Amsterdã. Esta é a metrópole que escolheu a bicicleta como veículo principal. Suas ciclovias são invejáveis, com sinalização perfeita e respeito de seus usuários. É um trânsito nervoso de bicicletas. Ao atravessar uma rua, o turista deve ficar atento, pois, na mesma via, podem passar carro, ônibus, trem, bicicleta e tudo funciona muito bem. A equipe logo se emociona a caminho do ponto final, próximo ao Museu Van Gogh, onde fica uma imensa inscrição I'MSTERDAM. Ali chegamos e nos abraçamos como um time, um grupo harmônico que se junta a cada ano com a intenção de renovar nossa relação de amizade, praticar esporte, cuidar da saúde, traçar metas. Todos venceram. Todos se superaram para ter o mesmo ritmo de pedalada, treinando antes da viagem e, esse sacrifício, hoje, tem sua recompensa. Chegar ao final de 1060 quilômetros sem problemas, sem lesões, sem contratempos, só com sorrisos e orgulho de ter pedalado às margens do rio Reno, nosso companheiro de viagem na maior parte deste percurso, o Euro Velo 15. Vencemos a edição deste ano já pensando em 2016. Onde será? Com certeza, em um país que nos acolherá com respeito, como sempre.
Valeu, PPM! 

Números do pedal 2015:

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

9° dia - Duisburg a Millingen (Holanda)

Passamos a noite chuvosa em Durisburg, mais uma cidade que dispensa comentários por sua arquitetura, sua gente, sua estrutura.
No hotel, fizemos o que mais gostamos e que, nem sempre encontramos local que nos autorize: preparar nosso próprio jantar no hotel, regado a um bom vinho, entre amigos. Quem assumiu o fogão foi o "chef" Bruno, com apoio do Gilson. A comida e as risadas foram excelentes. Uma noite para marcar ainda mais a viagem.
Ao acordar, foi difícil encarar a previsão do tempo. Chuva e frio de novo? Sim.
A ordem do líder, Cristiano, foi para equipar as bikes e sair pois, aqui ninguém é feito de açúcar. Não foi possível observar pontos de interesse dos povoados por onde passamos, pois, o negócio era girar para tentar ultrapassar a chuva. Passamos pela fronteira e, enfim, entramos na Holanda. Paramos na primeira cidade da divisa, Millingen, onde encontramos vaga no único hotel da cidade, o Millings Centrum. Descanso merecido, pois, amanhã, vamos tocar para Amsterdã.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Dia 7: de Neuwied a Colônia 

Hoje o pedal fluiu sob uma certa ansiedade por conhecer Bonn. Primeiro, por ser a capital da antiga Alemanha Oriental. Depois, por ser o local de nascimento de Beethoven, um dos maiores nomes da música de todos os tempos, um gênio. A cidade de Bonn é moderna e organizada, assim como as demais cidades alemãs por onde passamos. Fica muito clara a condição econômica deste país, uma das maiores economias do mundo. Até o Reno que corre em território alemão parece receber atenção melhor em seu entorno.
Depois de Bonn, ciclovia tranquila até Khöln, ou, Colônia, em português, onde chegamos cedo, pois, é um centro que vale um passeio. Aqui surgiu a famosa Água de Colônia, que foi o perfume usado pela alta sociedade mundial por décadas. A fragrância mais vendida é a 4711. A equipe PPM passeou pela cidade movimentada e entrou na enorme Catedral de Colônia, um cartão postal da cidade. À noite, o tradicional einsbein (joelho de porco com chucrute) com a cerveja local, Kölch, tão saborosa que pedimos bis. Excelente a nossa passagem por Colônia.
Dia 8: Colônia a Duisburg

Dúvida cruel logo de manhã, quando a turma acordou. Pedalar hoje ou não? O céu estava escuro, a chuva caia suavemente e a previsão era molhada e fria para o dia inteiro. Realmente, enfrentar a chuva logo na saída não é exatamente uma maravilha. O consenso apontou para mais um dia de pedal, começando às 10:00h. Saímos devidamente equipados com nossas capas coloridas e modernas, aquelas que seguram somente uma horinha de chuva. Depois desse tempo, já se pode sentir gotas de água gelada, que vazam não se sabe por onde. A valentia durou até Dusseldorf, onde o PPM se reuniu novamente para decidir se seguiria pedalando ou não. Votação apertada, mas a maioria preferiu seguir bravamente, sem imaginar que erraria o caminho pouco depois, enfrentando barro e um pneu furado, do Bruno. Sorte do Gilson e do Dudu, que preferiram seguir de trem até Duisburg, onde nos receberam mais tarde, depois do pedal de 80 km de hoje. Apesar do dia carrancudo, chegamos bem e vencemos mais uma etapa rumo a Amsterdã. Tamos chegando!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Dia 6: Mainz a Neuwied (Alemanha)

O dia em Estrasburgo foi intenso. Passeios para conhecer seus famosos pontos turísticos, como a feira de produtos orgânicos, onde a turma almoçou; e a catedral de Estrasburgo, uma construção monumental, uma das maiores da Europa. Jantamos em um restaurante, onde a tradição é a divisão dos pratos. Cada um divide seu prato com o amigo ao lado. É a tradição.
No final do day off em Estrasburgo, o grupo do PPM seguiu de trem até Mainz, de onde sairia no próximo dia.

Café da manhã reforçado em Mainz e o PPM saiu firme rumo a Neuwied, retomando a companhia do Reno, sempre ao nosso lado. Antes de sair, uma olhadinha pela janela anunciava que o pedal seria molhado mais tarde. E não deu outra: a capa de chuva foi o acessório mais valorizado do dia. No caminho, ainda sob sol, Boppard e Spay. Depois, com chuva, a linda cidade de Koblenz, no encontro dos rios Reno e Mosela, esta sim, vale a pena ver e admirar. Debaixo de chuva, é impossível alguém se encorajar a tirar uma foto. monumentos desta cidade de 2000 anos.
No caminho, passamos pelo rochedo que conta a história de Loreley, uma sereia que entoava seu canto aos navegantes do Reno. Os castelos magníficos estão por toda parte neste trecho. É só olhar para cima e apreciar.



Dia 5: Basel (Suiça) a Estrasburgo (França)

Basel é, sem dúvida, uma das cidades mais modernas da Suiça. Tem sistema de transporte eficiente com trams, trens e ônibus que facilita muito a vida de seus moradores e visitantes, como nós. Em Basel, curtimos a experiência de ficar hospedados em um hostel, hotel acessível, principalmente a estudantes de todo o mundo, com preços módicos. O que nos hospedou se chama YMCA. Ótima a experiência. Nota 10.
À noite, a experiência gastronômica foi em um tradicional restaurante suiço, o Sianne, onde saboreamos a famosa raclete, comida típica suiça que vem com batata cozida, queijo raclete, frios e outras delícias. Grande sugestão do Dudu. 
De Basel, fomos a Estrasburgo, na França. Outro exemplo de cidade, a 132 km de distância, pedalados em 6 horas. Turminha cansada. Trechos longos em ciclovia margeando rio e milharal. Aumentar a velocidade foi tentador. No caminho, um ponto de apoio com ferramentas para bikes, algo improvável de se ver, existe por aqui. Em Heiteren, cidadezinha pitoresca do trajeto, paramos para um lanchinho. Sem cadeiras no local, o jeito foi lanchar sentados na calçada. 
Logo chegamos a Estrasburgo, onde passamos a noite e o dia seguinte, especialmente reservado para dar uma voltinha pela cidade. Merecemos!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Dia 4: Jesteten (Alemanha) a Basel (Suiça)

Hoje foram 109 quilômetros que quase não sentimos fisicamente. Chegamos a Basel ainda com o brilho do sol, o que nos possibilitou dar uma volta por essa que é uma das principais cidades da nossa aventura. Basel é bastante movimentada, com muitas opções de lojas internacionais, ótimos restaurantes, museus e a força do turismo. Quem fizer a Euro Velo 15 deve parar aqui por uma noite.
A pedalada de hoje começou com frio de 6° e terminou em Basel com 18°. Tempo firme, sol radiante à tarde e sem chuva. Idas e vindas entre florestas com trilhas de cascalho, vilarejos tranquilos, suiços e alemães. Algumas cidades do percurso são meio alemãs - meio suiças, separadas pelo Reno. Difícil saber qual o lado mais bonito. De um lado, euro, do outro, franco suiço. A recomendação de hoje é Rheinfelder, a 20 quilômetros de Basel. Ufa! Que linda cidade!
O grupo anda radiante todos os dias. Estamos vivendo momentos maravilhosos, que superam o cansaço. Este ano, recebemos gente nova no PPM: trouxemos o Dudu, que além de amigo é nosso tradutor de alemão, o Gustavo Miziara, de Brasilia e o Ricardo, de São Paulo.
Assim é o Pedal Pelo Mundo. Lugares, saúde, amizade e muitas outras ótimas coisas.